Logística verde e logística reversa: diferentes, porém que andam lado a lado
Logística verde e logística reversa são inovações que precisam estar presentes no setor logístico da sua empresa. Afinal, a sustentabilidade já deixou de fazer parte apenas de conversas entre ambientalistas e de aulas sobre meio ambiente nas escolas.
Ela faz parte do dia a dia dos brasileiros. Prova disso é a pesquisa realizada pela Union + Webster para a Agência FIEP: 87% dos brasileiros preferem comprar de empresas sustentáveis.
Em aumento progressivo é urgente que as empresas, dos mais diferentes setores, se adaptem a essa nova realidade. Até mesmo para atender algumas legislações específicas que exigem a adoção de medidas ecologicamente responsáveis, como o decreto federal n.º 7746/2012, que estabeleceu novas exigências para licitação e contratação por meio da administração pública.
Dado o cenário, se você quer entender melhor como a logística verde e a logística reversa podem fazer a diferença no seu negócio, não só no que diz respeito à prática ambiental, mas também à otimização de processos e economia, continue a leitura desse texto até o final.
Logística verde.
A logística verde engloba uma série de medidas que visam diminuir o impacto ambiental das atividades da empresa. Ela abrange os mais diversos processos, como distribuição, armazenagem das mercadorias, estruturas, sistemas e equipamentos.
Em geral, as empresas que investem em logística verde estão cientes que as suas atividades diárias são capazes de interferir em situações como a mudança climática, poluição, geração de resíduos, entre outros impactos.
Por isso, medidas são tomadas como forma de se alcançar um equilíbrio ecológico e financeiro na rotina do negócio.
A seguir, alguns dos pontos onde a logística verde interfere.
Bom uso dos espaços.
Parte das medidas para gerar maior sustentabilidade envolve promover um melhor uso dos espaços dentro da empresa e dos veículos. Nos galpões, por exemplo, uma organização eficiente e inteligente pode gerar um aumento na capacidade de armazenamento e distribuição, além de evitar investimentos em expansão.
Já nos veículos de entrega, um bom uso do espaço interno pode fazer com que, em uma mesma rota, um número maior de mercadorias possa ser entregue, diminuindo o número de viagens e, consequentemente, o gasto de combustível.
Uso de combustíveis alternativos.
A maior parte dos veículos utilizados na distribuição e entrega de mercadorias utiliza combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo e seus derivados, além do gás natural.
Essas fontes de energia recebem essa nomenclatura porque seu processo de formação tem como base a decomposição lenta, que leva milhões de anos, de seres vivos animais e vegetais, por meio do trabalho de bactérias, junto com o calor e a sedimentação.
Dentre os grandes problemas envolvendo o uso de combustíveis fósseis está o fato de que eles não são renováveis, ou seja, suas reservas na natureza podem se esgotar.
Ao mesmo tempo, a extração e queima provoca danos severos ao meio ambiente, sobretudo a poluição atmosférica pela liberação de monóxido de carbono. A presença dessa substância no ar gera graves problemas respiratórios nos seres humanos.
Substituição de frota.
Quando possível, para se adequar à logística verde, a empresa deve substituir parte da frota para veículos que não façam uso de combustíveis fósseis para se deslocar. Por exemplo, motos e carros elétricos. A depender da distância e do tipo de mercadoria a ser transportada, as bicicletas também podem auxiliar.
Além de mais sustentáveis, já que não emitem dióxido de carbono na atmosfera, os veículos elétricos ainda geram economia na operação, possuem menor necessidade de manutenção e são mais eficientes.
Aliás, algumas grandes empresas que operam no Brasil já começaram a utilizar veículos elétricos na sua frota. Entre elas, Via Varejo, Nestlé, Natura e Ambev.
Redução ou troca de embalagens.
No setor logístico, as embalagens são responsáveis por grande parte do custo da operação. Afinal, é necessário garantir que os produtos transportados chegarão em perfeito estado ao cliente.
A logística verde, então, não poderia deixar de abarcar também esse processo, uma vez que muitas vezes são utilizados plásticos para garantir um transporte seguro dos materiais. E, como se sabe, o plástico leva um longo período para se decompor na natureza.
Nesse sentido, é preciso investir não só no uso de materiais biodegradáveis na embalagem, como o papel, mas também reduzir ao máximo seu uso. Porque as camadas de empacotamento ocupam espaço nos veículos de transporte. Espaço esse que poderia ser ocupado por outras mercadorias, reduzindo o número de viagens, otimizando rotas e diminuindo custos.
Estrutura dos centros de distribuição.
Repensar a estrutura dos centros de distribuição também faz parte do conceito de logística verde. Investir em captação de água da chuva, uso de energia solar, tetos transparentes que diminuem a necessidade de uso de iluminação, entre outras iniciativas semelhantes.
Essas medidas são capazes de tornar a empresa mais sustentável, como também de reduzir custos de operação, podendo refletir até mesmo no custo passado ao cliente.
Utilização de ferramenta para gestão de entregas.
A adoção de um sistema para gestão de entregas é mais um ponto que a logística verde abraça. Essa ferramenta cuida, de forma automatizada, dos processos logísticos e garante que eles sejam desempenhados de forma mais eficiente.
Um sistema de gestão pode montar uma rota inteligente, reduzindo o número de viagens; monitorar o transporte das mercadorias simultaneamente; gerar comprovantes de entrega e administrar a devolução de pedidos.
Entre os ganhos com o uso da ferramenta, estão a otimização dos processos, economia de combustível e redução no número de tentativas de realização de uma mesma entrega.
Logística reversa.
A logística reversa é mais uma abrangência da logística verde. Ela é mais uma medida benéfica para o meio ambiente, para as empresas e para os clientes.
Nos processos tradicionais, o fluxo se inicia nas companhias e termina no consumidor final. Na logística reversa, como o nome sugere, acontece o contrário. O movimento se inicia nos consumidores, retornando para as empresas.
O foco, portanto, é recolher embalagens vazias e produtos já sem serventia que podem ser reciclados, reutilizados ou, pelo menos, ganhar destinação adequada, em vez de parar em aterros sanitários ou na natureza, causando poluição.
No Brasil, existe desde 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Foi criada pelo governo federal com o objetivo de proteger a saúde pública e o meio ambiente, estimular a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos, bem como promover a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços.
Desde então, companhias de segmentos específicos, que oferecem grande capacidade de poluir, são obrigadas pela lei a realizar a coleta dos resíduos após o consumo. Fazem parte desses segmentos pneus, pilhas, lâmpadas, agrotóxicos, eletrodomésticos e eletrônicos.
Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos definir alguns setores específicos que devem realizar essa coleta, nada impede que empresas de outras áreas também realizem processos de logística reversa. Até porque, são muitos os ganhos que essa estratégia pode gerar ao negócio.
Benefícios da adoção da logística verde e logística reversa.
A adoção da logística verde e da logística reversa nos processos oferece diversos ganhos para as empresas. As ações voltadas para um consumo consciente e eficiente de combustíveis, energia elétrica, recursos hídricos, embalagens, reaproveitamento e reciclagem de materiais são capazes de oferecer uma redução de custos significativa para a produção.
Dessa forma, a companhia se torna mais competitiva, diante de um mercado cada dia mais duro. A eficiência do negócio também aumenta. E a empresa se torna amiga do meio ambiente, um título que vai contribuir positivamente para o seu negócio, o planeta e a sociedade.
Afinal, como citamos no começo do texto, a maioria deles prefere comprar de empresas sustentáveis.
Agora você conhece o que são logística verde e logística reversa, além de todos os ganhos que elas são capazes de gerar ao negócio. Quer conhecer uma ferramenta de gestão de entregas para tornar sua logística mais eficiente? Conheça o que podemos fazer por você.
