grupo diversificado de indivíduos de diferentes raças

Entenda como diversidade e inclusão na TI podem gerar mais resultados

Progressivamente, a diversidade e a inclusão ganham espaço nos ambientes de trabalho. Muitas empresas pensam ser inclusivas, mas alguns departamentos ainda não engataram essa ideia como deveriam. A diversidade em TI, por exemplo, ainda é um assunto pouco falado.

Quem faz parte desse segmento sabe da dificuldade de encontrar oportunidades justas e salário competitivo. A notícia boa é que já há conversas orientadas a partir da necessidade de incluir essas pessoas além da cota prevista na lei.

De acordo com a pesquisa sobre diversidade na TI divulgada pelo Google, 29% dos entrevistados acreditam que a TI é a área menos diversa das empresas que trabalham. Inclusive, a mesma pesquisa apontou que mulheres e pessoas LGBTQIAP+ ainda são a minoria da minoria em TI.

E você, sabia que além de dar espaço a essas minorias, a empresa tem muito a ganhar? A geração de bons resultados não cai por conta da inclusão — pelo contrário. Abrir espaço pode acarretar mais crescimento guiados a resultados. Quer entender como e o porquê?

Prossiga com a leitura e fique por dentro do assunto. Com certeza esse é o primeiro passo para mudar a realidade da sua empresa.

O que significa ter um ambiente de trabalho diversificado?

Bom, no colégio nós aprendemos que a palavra diversidade é usada para identificar um grupo de seres ou objetivos diferentes uns dos outros. Quando colocamos a palavra no contexto da sociedade, se trata de pessoas de gêneros, etnias, idades, religiões e até habilidades diferentes.

Por isso, um ambiente de trabalho diverso significa que há colaboradores com pensamentos, crenças e backgrounds diferentes. Quanto mais diverso, melhor, pois assim soma-se diferentes ideias em busca de um mesmo objetivo.

Porém, é preciso entender que não basta apenas contratar profissionais diversos, pois a inclusão não acontece de forma natural. É preciso alinhar diversidade com a inclusão para garantir a mesma oportunidade para todos, além de assegurar um ambiente de trabalho respeitoso e confortável.

Estamos falando sobre negros, indígenas, imigrantes, mulheres, comunidade LGBTQIAP+, idosos, moradores de comunidades, pessoas com deficiências e outros.

Quais os desafios da TI hoje?

Os departamentos de tecnologia da informação como conhecemos hoje são vistos como predominantemente masculinos. E esse é só o começo dos desafios. Pois, incluir boas práticas que orientam um ambiente mais diverso exige disciplina da gestão de pessoas e dos colaboradores da área.

Os maiores desafios de departamentos como o da TI são:

  • Preconceito e falta de informação;
  • Ambiente seguro para esses colaboradores;
  • Discriminaçao, seja ela racial, de gênero ou socioeconômica;
  • Falta de preparo do RH.

Muitas empresas ainda enfrentam falta de preparo quando o assunto é gestão de pessoas. Quando essa é a situação, as minorias não se sentem seguras o bastante para estarem ali, não sentem que pertencem à zona de tecnologia. E, mesmo que seja maior o número de empresas que sabem da necessidade de implantar esse tipo de mudança, elas ainda precisam aprender como fazê-lo e tirar a ideia do papel.

Qual é a importância da diversidade e inclusão no TI?

As revoluções não precisam apenas estarem no ramo da tecnologia. E por que não ter a inclusão e diversidade como avanços da área? Isto é, trazer pontos de vistas diferentes para a mesa fomenta a criatividade e a inovação.

É nisso que o Instituto 42 acredita, por exemplo. Essa escola de programação inclusiva sem fins lucrativos é impulsionada por grandes marcas da indústria, como o Banco Itaú e a Vivo, a fim de formar profissionais de todos os backgrounds no mercado de TI.

Nesse contexto, entenda que a diversidade em TI se torna relevante porque resulta em um setor mais preparado para lidar com todo tipo de demanda. Facilita também a comunicação com clientes de diversas áreas e promove o desenvolvimento de soft skills e comunicação não violenta entre colaboradores.

Como o TI pode ser mais diverso e inclusivo?

Se fosse rápido como ler um passo a passo, todas as organizações seriam inclusivas. Primeiro, deve-se ter em mente a necessidade de mudança estrutural e cultural. Ou seja, é preciso rever conceitos, educar os funcionários e até trazer profissionais com autoridade no assunto para ajudar nesse desafio.

A sua empresa pode começar pelo TI, e mostrar ao restante dos setores que vale a pena investir na inclusão. Por isso, alguns fatores importantes a serem considerados nessa jornada são:

Faça um diagnóstico da sua empresa.

O primeiro passo é entender a sua empresa. O RH pode ajudar nessa tarefa conduzindo pesquisas para entender quem são seus funcionários. Ou seja, o gênero, deficiência, orientação sexual e outros fatores sociais. Saber de onde as pessoas vieram e bagagem cultural delas é tão relevante quanto os hard skills.

Com pesquisas como essa podemos implementar o processo de Diversidade e Inclusão. Uma boa ideia é incluir no processo de seleção. Dessa forma, as informações já são gravadas e levadas em consideração em prol da inclusão, eliminando também o retrabalho do pessoal de RH.

Realize benchmark com empresas que te inspiram e concorrentes.

Trocar figurinhas não é divertido só em época de copa do mundo. A troca de informações sobre como outras organizações estão fazendo, e vivenciar novas experiências é uma forma válida de começar o processo de inclusão. Pode-se melhorar os métodos utilizados por outros, assim não repetimos suas falhas, e evitamos fazer o mesmo.

Portanto, entre em contato e converse com os profissionais responsáveis ​​por esse assunto dentro da organização. Mas lembre-se: a empresa com a qual você entrará em contato deve levar a diversidade a sério.

Promova o engajamento entre funcionários.

Todos os seus colaboradores precisam sentir que estão seguros e confortáveis para serem eles mesmos. Por isso, em um ambiente bastante masculino, como o TI, considere investir em ações para proporcionar essa segurança no local de trabalho.

Isso pode ser feito por meio de palestras, informativos, reuniões, comitês e ações sociais. Lembre-se que a alta liderança também deve estar engajada na causa. Não se esqueça que as melhores pessoas para falarem sobre o assunto são aquelas com propriedade para falar sobre.

Inclua políticas de diversidade e inclusão.

Pense nisso: quantos CEOs nós conhecemos que fazem parte de grupos minoritários? Se você chegou a uma resposta rápida, é sinal que está atento a isso. Mas minorias em cargos de poder não são realidade no Brasil e no mundo.

Ou seja, não adianta gestão aplicar a inclusão apenas no quadro de estagiários, por exemplo. Muitas dessas pessoas também são qualificadas para ocuparem cargos de liderança.

As políticas de diversidade e inclusão garantem espaço para quem faz parte da minoria, garantindo tranquilidade por saberem que existem leis que os amparam. Além do mais, o ambiente torna-se menos conflituoso e desenvolve mais talentos plurais.

Considere parcerias com projetos de inclusão e diversidade em TI.

Há muitos projetos para a formação profissional de minorias, como a que mencionamos anteriormente (Instituto 42). Outro projeto é o PretaLab, que ensina programação para mulheres negras.

Fazer parcerias como essas é uma boa forma de implementar e melhorar a diversidade e inclusão no setor de TI. Outra opção é desenvolver seu próprio programa e firmar parceria com as instituições responsáveis por inserir minorias no mercado de trabalho.

Por fim, saiba que a desconstrução pessoal é um processo lento e que deve ser conversado e estudado. Já a mudança de cultura e estrutura de uma empresa é um processo ainda mais lento, mas se todos estiverem a bordo com tais mudanças, o sucesso da empresa é certo.

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