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Guia completo de Cross Docking: o que é, como implementar, benefícios e mais!

Implementar o cross docking na sua empresa ou setor logístico será uma forma eficaz e completa para elevar o nível das suas operações. Saiba mais sobre seus conceitos, aplicações, vantagens, tipos existentes e formas de aderir ao modelo sem comprometer sua relação com a clientela de forma negativa. Continue a leitura para mais!

Hoje em dia, a gestão logística assume diversas abordagens: como armazenagem, transporte, controle de estoque e muitas outras! E dentro do contexto dos sistemas de distribuição de mercadorias, o cross docking é uma prática que vem se destacando.

Mas, afinal de contas, você sabe o que é e no que consiste o cross docking?

O cross docking trata-se de uma estratégia inovadora que desafia os paradigmas tradicionais no que se refere ao armazenamento, trazendo uma proposta de minimização extrema ou até mesmo da eliminação do estoque dos produtos comercializados por uma companhia.

Aliás, essa abordagem também conta com um impacto significativo na gestão do transporte. Não acredita?

Uma verdadeira revolução na logística, o cross docking proporciona inúmeras vantagens para os gestores que o adotam em suas empreitadas. Neste post, temos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre o cross docking: definição, aplicação, vantagens, tipos, regras, dicas e mais!

Quer saber mais? Continue a leitura!

O que é o cross docking?

Também conhecido como “cruzamento de docas”, o cross docking é um modelo de distribuição em que os produtos adquiridos pelos clientes são enviados para um centro de distribuição ou um armazém – nesse local, aliás, os produtos são enviados imediatamente para o cliente final, o que confere o valor de redistribuição rápida.

operadores movendo caixas
Mas com as mercadorias fluindo de forma quase ininterrupta, não haverá a necessidade de armazená-las por longos períodos de tempos. Aliás, o armazenamento prolongado pode até mesmo resultar na expiração do prazo de validade do produto, que se trata de um dos benefícios do cross docking.

Sem sombra de dúvidas, o principal objetivo desse modelo de sistema é o manter os produtos e remessas em constante movimento. Isso vale desde a saída da fábrica até chegar ao cliente final, em suas casas ou residências.

O cross docking acontece em terminais específicos que possuem portas designadas para caminhões de entrada e saída, permitindo que a entrega dos produtos aconteça com eficiência máxima e sem esperas. 

Essa técnica, aliás, é amplamente emprega pelo comércio eletrônico, onde o consumidor está sempre ávido (ou checando o site) para ver o andamento da sua compra. Sem conta que lojas virtuais têm a vantagem de dispensar uma infraestrutura física maior e mais complexa, como uma loja física. Pois, o que vai importar aqui, é o processo de chegada ao cliente. 

operadores conferindo os produtos
O cross docking tem a capacidade de diluir essas preocupações, pois as mercadorias são recebidas e imediatamente preparadas para o envio, evitando longos períodos de armazenamento.

No entanto, vale notar que não são somente as lojas virtuais que adotam esse modelo de distribuição: muitas empresas físicas, de segmentos e tamanhos variados, também estão adotam a metodologia. 

Vale notar que existe uma diferença entre o cross docking e a distribuição tradicional, que veremos adiante. 

Qual a principal aplicação do cross docking?

Essa tecnologia é particularmente adequada para atender às demandas de lojas virtuais, mas empresas de todos os segmentos, sem sombra de dúvidas, podem implementar essa técnica – especialmente aquelas empresas focadas em transações comerciais entre empresas (forma conhecida como B2B, “business to business”), que buscam aprimorar seus processos por meio do cross docking.

mulher checando prateleiras
É fundamental contar com uma equipe de atendimento devidamente treinada, capaz de fornecer informações aos clientes sobre a situação das entregas e assegurar a satisfação do cliente.

Independentemente do modelo de negócios, a adoção do cross docking pode ser vantajosa para a melhoria do setor de logística de uma empresa. Entretanto, para garantir o sucesso de sua implementação, é essencial contar com um planejamento detalhado e com todas as particularidades definidas.

Isso, por sua vez, implica em investimentos tanto na contratação de pessoal quanto na aquisição de softwares de gerenciamento. Além disso, é crucial reconhecer a importância do treinamento da equipe, uma vez que o processo de cross docking é delicado e requer atenção e tempo dedicados. 

Contar com uma equipe qualificada vai desempenhar um papel fundamental na prevenção de falhas e no sucesso da implementação dessa estratégia.

Apesar dos custos iniciais de investimento, todas as empresas que almejam reduzir seus gastos operacionais, aprimorar os prazos de entrega e elevar a qualidade do atendimento aos clientes indubitavelmente colherão os benefícios proporcionados por essa solução.

Quais são as características do cross docking?

Em resumo, as principais características do cross docking consistem em:

  • Tempo Mínimo de Permanência: Todo o processo de cross docking deve ser concluído em um prazo de, no máximo, de 24 horas – um ponto fundamental, visto que a permanência de produtos nos CDs por mais de 3 dias pode resultar em cobranças extras de taxa de estocagem;
  • Despacho Imediato: uma vez que a mercadoria for recebida, ela deve ser despachada de forma imediata – ou encaminhada para uma área de picking, claro. A estocagem, aliás, não faz parte do sistema de cross docking, portanto, a agilidade na movimentação é essencial.
  • Sistema de Organização de Informações: É essencial contar com um sistema eficiente para organizar tanto as mercadorias quanto as informações durante todo o processo de cross docking. Já a pré-definição das etapas deve considerar o tempo para que a frota alcance o operador logístico.

Leia também: LIFO, FIFO e FEFO – Compreendendo esses métodos cruciais de gestão de estoque

Quais os tipos existentes de cross docking? Veja com exemplos 

Selecionamos aqui alguns exemplos de como os principais especialistas de setor de logística classificam esse tipo de modelo de operação entre armazéns e centros de distribuição.

A) Número de toques ou stages

A primeira modalidade de cross docking, também conhecida pelo seu número de “toques”, é classificada conforme a quantidade de vezes que uma mercadoria passa por alguma etapa antes da realização das entregas. Neste caso, cada etapa é conhecida como “stage” (etapa) ou toque.

Existem diferentes abordagens para o crossdocking, cada uma com um número específico de etapas de manuseio dos produtos:

  • One-touch cross docking: neste modelo, os produtos são manuseados apenas uma vez. Em outras palavras, eles são retirados de um caminhão e imediatamente colocados em outro;
  • Two-touch crossdocking: nesta abordagem, os produtos são inicialmente recebidos e encaminhados para uma área de preparação. Depois, elas são movidas para a porta de saída onde aguardam o caminhão de saída – sendo este considerado o segundo toque; 
  • Multiple-touch crossdocking: aqui, o modelo vai envolver várias etapas de manuseio dos produtos. Primeiramente, os produtos são recebidos, depois passam por um processo de acondicionamento e, por fim, são finalmente carregados em um caminhão de saída. Ao todo, são três toques. 

B) Forma de alocação das cargas aos clientes

Nessa definição de cross docking, o ponto principal se concentra na forma como as mercadorias são distribuídas aos clientes, ao chegarem ao terminal. Ao todo, existem duas abordagens:

  • Pré-distribuição: no método, cada produto é previamente designado para um cliente específico antes mesmo de sair do fornecedor. Geralmente, ele é realizado por meio da etiquetagem dos produtos com códigos únicos para cada cliente;
  • Pós-distribuição: ao contrário do método previamente mencionado, os produtos são recebidos no terminal de cross docking, e sem uma atribuição específica a um cliente. Aqui, a alocação dos produtos para cada um dos clientes acontece no momento do processamento – isso, claro, antes que as cargas sejam transferidas para os caminhões prestes a sair.

C) Características físicas do terminal 

Já a estrutura física do local onde ocorre o modelo de distribuição de cross docking ganha uma categorização importante, seja por transporte interno, formato e número de portas:

  • Transporte interno: O fluxo de bens internamente pode ser realizado de forma manual, seja envolvendo pessoas com ferramentas, ou de maneira automatizada. Em alguns casos, aliás, acontece um mix ambos, em que tanto o transporte manual quanto o automatizado são utilizados para otimizar o cross docking;
  • Formato: O terminal pode adotar diferentes formatos quando visto de cima, dependendo da disposição das instalações e das docas de carga;
  • Número de portas: A maioria dos terminais de cross docking conta com algo entre 6 e 8 portas, no entanto, existem exceções que chegam até mesmo 500 portas. Cada uma delas vai representar um local onde a carga e descarga dos produtos e remessas em caminhões acontece.

D) Características operacionais do terminal

A forma com que as portas do terminal de cross docking são designadas para veículos de entrada e de saída são categorizadas das seguintes maneiras:

  • Modo de serviço exclusivo: o terminal possui portas designadas especificamente para caminhões de entrada e outras para caminhões saída. Geralmente, um lado do terminal é dedicado às portas de entrada, enquanto o outro lado é reservado para as de saída;
  • Modo de serviço misto: neste ponto, todas as portas do terminal estão disponíveis para tanto caminhões de entrada quanto de saída. Não há uma distinção rígida entre as portas, o que confere mais flexibilidade no espaço;
  • Modo de serviço combinado: aqui, algumas portas operam no modo exclusivo. Em outras palavras, elas são designadas para caminhões de entrada ou de saída, enquanto outras permanecem no modo misto, podendo ser usadas por ambos os tipos de veículos;
  • Modo de preempção: nesse modelo, o processo de descarregamento ou carregamento pode ser interrompido se outro veículo tiver uma situação de urgência e não houver portas livres. Isso significa que os caminhões que não estão completamente cheios ou vazios podem precisar esperar, ou partir antes de estarem completamente carregados, se for necessário priorizar outros veículos.

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Características de fluxo do terminal de cross docking

A organização do fluxo de cargas dentro do terminal também pode servir como base para estabelecer critérios de classificação, como padrão de chegada, horário ou permutabilidade dos produtos.

A) Padrão de chegada

A forma como o fluxo de cargas é organizado dentro do terminal pode ser classificada em duas abordagens distintas:

  • Concentrado: aqui, existem horários específicos designados para a chegada dos caminhões de entrada e para a coleta das cargas pelos caminhões de saída. Por exemplo, uma empresa pode estabelecer a manhã como o período para a chegada de caminhões de entrada e a noite para de saída, e vice-versa;
  • Disperso: já aqui, não há horários fixos para a chegada de caminhões de entrada ou para a coleta dos produtos pelos caminhões de saída. Os caminhões, geralmente, chegam ao terminal conforme a demanda e, ao longo do dia, sem uma programação determinada anteriormente.

B) Horário

O modo como os horários são estabelecidos para a saída dos caminhões de saída ou entrada no terminal de cross docking pode ser classificado em duas formas distintas:

  • Restrito: Nesse cenário, há um horário determinado para a saída dos caminhões de entrada ou de saída, algo comumente observado em locais como agências dos Correios, por exemplo, onde os caminhões devem partir antes do encerramento do expediente;
  • Não restrito: no modo não restrito, os caminhões têm a flexibilidade de sair do terminal de cross docking a qualquer hora. Geralmente, os veículos partem assim que são preenchidos com carga, sem estar vinculados a um horário específico de partida.

C) Permutabilidade

Por fim, a classificação dos produtos em relação à permutabilidade também desempenha um papel importante na logística de cross docking:

  • Permutáveis: quando os produtos são permutáveis, as cargas têm maior flexibilidade quanto ao direcionamento para os caminhões de saída. Isso pode ser comum, por exemplo, em indústrias de alimentos, em que os pedidos para diversas distribuidoras podem ser iguais;
  • Não permutáveis: quando os produtos não são permutáveis, é necessário um cuidadoso processo de identificação das cargas, e o caminhão de saída responsável pela entrega deve ser atribuído com antecedência. Essa prática é geralmente adotada para aprimorar a eficiência na distribuição, uma vez que cada carga possui particularidades específicas que exigem um planejamento prévio.

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Como implementar o cross docking?

É claro que a adoção do cross docking vai demandar uma cuidadosa fase de planejamento, bem como uma abordagem organizada. Conheça as etapas fundamentais para a implementação da metodologia em sua logística operacional:

1. Implementar um Sistema de Gestão de Transportes (TMS)

Utilize um software de TMS (Transportation Management System) para gerenciar todas as etapas do cross docking.

Esse sistema integra diferentes aspectos do processo, assim, facilitando o controle das informações, além de permitir que gerentes e demais colaboradores acompanhem o recebimento dos produtos, bem como destino, rota, distribuição das mercadorias e outros aspectos.

2. Comunicação assertiva

Uma comunicação eficaz, tanto interna quanto externa, é fundamental para garantir a sincronia das etapas do cross docking.

Assim, mantenha uma comunicação planejada entre os setores de vendas e logística, bem como com fornecedores, centros de distribuição e time de colaboradores. A integração de operações por meio de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) pode ser uma boa para otimizar a comunicação interna e externa.

3. Planejamento

Tente elaborar um processo detalhado para assegurar a clareza e a precisão de todas as etapas do procedimento.

Isso envolve a solicitação de pedidos aos fornecedores, a verificação rigorosa das mercadorias recebidas e o encaminhamento eficiente das mesmas para o centro de distribuição.

4. Invista na equipe

Assegure que sua equipe esteja devidamente capacitada para desempenhar as tarefas essenciais no novo processo de cross docking.

Os colaboradores também devem estar preparados para executar funções distintas das que estavam acostumados, como a requisição de pedidos aos fornecedores e a verificação minuciosa da exatidão das mercadorias recebidas.

5. Negocie com fornecedores e parceiros

Estabeleça parcerias com fornecedores que demonstrem um compromisso sólido com o processo de cross docking.

É importante reconhecer que nem todos os fornecedores estão prontos para essa operação ágil, portanto, busque negociações que garantam condições vantajosas e preços competitivos com empresas capazes de atender plenamente às exigências do cross docking.

6. Escolha um bom centro de distribuição

A escolha de um CD apropriado é de suma importância para o sucesso do cross docking. Considere elementos como a localização estratégica, proximidade com os clientes, acessibilidade por meio de rodovias e vias expressas para minimizar os custos de frete.

A proximidade com os fornecedores e a capacidade de gerenciar eficazmente as etapas de classificação, separação e distribuição de mercadorias também desempenham um papel fundamental nesse processo.

7. Atendimento aos clientes

Mesmo com a operação de cross docking, é possível ocorrerem erros operacionais que resultem em atrasos.

Portanto, é fundamental contar com uma equipe de atendimento devidamente treinada, capaz de fornecer informações aos clientes sobre a situação das entregas e assegurar a satisfação do cliente.

Leia também: Dicas para melhorar a organização no seu armazém

Quais são as vantagens do Cross Docking? 5 benefícios significativos

Sabemos que o Cross Docking é uma prática benéfica para todos os funcionários e empresas do setor de logística. Mas quão benéfica, você deve imaginar? 

Bem, existem muitas vantagens e particularidades que o processo de cross docking proporciona e, consequentemente, tornando uma operação logística mais eficiente. 

Sem contar que é uma prática particularmente vantajosa para companhias que buscam agilizar o cumprimento de pedidos, bem como minimizar despesas relacionadas à entrega de mercadorias. 

5. Diminuição de perdas e/ou furtos

Sem sombra de dúvidas, um dos maiores desafios associados aos produtos e remessas que ficam estocados em centros de distribuição é a possibilidade de furto, roubo ou desvio – o que, inevitavelmente, impacta negativamente as finanças do negócio, bem como sua imagem. 

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Uma vez que as mercadorias são preparadas rapidamente, rotas mais rápidas e econômicas que os veículos serão aplicadas para chegar aos seus destinos finais. Isso, por sua vez, contribui para reduzir os custos de transporte e garantir uma entrega mais pontual.

Adicionalmente, esses problemas vão resultar em prejuízos que vão comprometer com o atendimento ao cliente, visto que as tarefas, em certos momentos, não poderão ser atendidas no prazo esperado.

Por isso, no contexto do sistema de cross docking, o curto período que o produto permanece no CD vai reduzir essa modalidade de preocupação. A regra é simples: quanto mais tempo a mercadoria fica parada no CD, maior será o risco de danos ou desaparecimentos de produtos e remessas.

O cross docking tem a capacidade de diluir essas preocupações, pois as mercadorias são recebidas e imediatamente preparadas para o envio, evitando longos períodos de armazenamento.

Além disso, o cross docking também consegue elevar a eficiência no aproveitamento dos veículos de entrega. Como assim? Bom, uma vez que as mercadorias são preparadas rapidamente, rotas mais rápidas e econômicas que os veículos serão aplicadas para chegar aos seus destinos finais. Isso, por sua vez, contribui para reduzir os custos de transporte e garantir uma entrega mais pontual.

4. Rapidez

Essencialmente, o cross docking é um processo voltado para a estimular a entrega de mercadorias ao cliente final, certo?

funcionário preenchendo prancheta
Com o cross docking, a empresa pode se solidificar no mercado, levando à redução dos custos associados à aquisição de novos clientes e outros pontos nesse sentido. 

Nesse método, então, não há armazenamento de produtos. Aliás, em vez disso, o CD exerce um ritmo rápido com recebimento, preparação e despacha dos itens – e o mais rapidamente possível para o consumidor que fez a compra. 

Com essa ausência de necessidade de manter um estoque, a empresa ganha em termos de economia de tempo. E quem tem que agradecer a isso são os clientes, que recebem os seus produtos mais cedo! 

Essa entrega rápida também aumenta consideravelmente a satisfação do cliente e, de quebra, a probabilidade de fidelização – e de bons comentários na internet. Com isso, a empresa pode se solidificar no mercado, levando à redução dos custos associados à aquisição de novos clientes e outros pontos nesse sentido. 

Sem contar que, essa reputação positiva atrai consumidores de forma orgânica, sem depender exclusivamente de campanhas de marketing massiva ou gastos imensos nessa seara.

3. Redução de custos

Com a eliminação do estoque, uma nova área pode surgir para armazenar ou alocar os itens e remessas: pode ser requerida uma área de separação de pedidos, tecnicamente distinta do estoque, como bem preferir. 

funcionária do setor de logística
Contar com uma equipe qualificada vai desempenhar um papel fundamental na prevenção de falhas e no sucesso da implementação dessa estratégia.

Por conta disso, os custos associados à manutenção dessa área tendem a ser bastante baixos. E para melhorar, o sistema do seu CD pode se beneficiar de recursos como códigos de barras ou etiquetas RFID – o que só vai agilizar o processo da identificação dos produtos.

Mercadorias com padrões de demanda bem conhecidos são tidos como ideais para serem integradas a esse sistema, aliás, visto que os procedimentos de entrada e saída de produtos do CD são previsíveis ao ponto que possibilitam a suspensão do estoque em favor de uma redistribuição ágil.

E com a eliminação do estoque como requisito dos CDs, os custos de armazenagem são quase aniquilados. No máximo, uma área de picking, pode ser necessária para este tipo de atividade, no entanto, os gastos reais com estocagem já não se aplicam como antes – e para a alegria dos diretores, vai gerar economia de recursos que podem ser direcionados para demais áreas da empresa.

2. Sintonia 

O fluxo de informações é responsável por desempenhar um papel fundamental na harmonização de todos os parceiros envolvidos em quaisquer operações, permitindo que a gestão de materiais esteja alinhada com a demanda e vice-versa. 

funcionário operando máquina em centro de distribuição
O cross docking acontece em terminais específicos que possuem portas designadas para caminhões de entrada e saída, permitindo que a entrega dos produtos aconteça com eficiência máxima e sem esperas. 

Além disso, a implementação do sistema de cross docking vai resultar em menos burocracia e necessidade de lidar com documentação extensa de produtos e remessas.

No entanto, para que o sistema de cross docking seja eficaz, é fundamental que ele conte com alguns pontos: ferramentas de alta qualidade, uma rede de transporte sólida e robusta, suporte ao fluxo de mercadorias, apoio até o consumidor, por exemplo.

Sem contar que, além desses serviços, a integração vai possibilitar a realização de tarefas adicionais, entre os quais podemos destacar a montagem de kits, melhorias de embalagem, recontagem de produtos, verificação das remessas, entre outros.

1. Validade

Já parou para pensar no impacto significativo que a ausência de estoque tem nos prazos de validade de cada um dos produtos vendidos pela sua companhia? 

funcionário operando caixas no depósito
O fluxo de bens internamente pode ser realizado de forma manual, seja envolvendo pessoas com ferramentas, ou de maneira automatizada. Em alguns casos, aliás, acontece um mix ambos, em que tanto o transporte manual quanto o automatizado são utilizados para otimizar o cross docking

Mas com as mercadorias fluindo de forma quase ininterrupta, não haverá a necessidade de armazená-las por longos períodos de tempos. Aliás, o armazenamento prolongado pode até mesmo resultar na expiração do prazo de validade do produto.

Ou, na pior das hipóteses, torná-lo obsoletos – especialmente porque a maioria dos produtos e remessas passa por atualizações frequentes, como celulares, por exemplo.

Vale notar que essa logística ágil no sistema de cross docking vai desempenhar um papel extremamente importante no cumprimento dos prazos de entrega e, principalmente, no respeito à validade de cada mercadoria. Isso vale ainda mais para alimentos ou produtos médicos.

São muitas as empresas que enfrentam prejuízos significativos devido a produtos vencidos. E infelizmente, nesses casos, o descarte é inevitável.

Leia também: Quais os benefícios de um sistema WMS em seu negócio?

Os desafios de implementar o cross docking na operação

Como em qualquer estratégia, a implementação do cross docking apresenta vantagens e desvantagens. Por isso, é essencial avaliar como essas desvantagens podem se traduzir em obstáculos para o seu processo de logística.

Para facilitar essa análise, destacamos aqui os principais desafios que a maioria das empresas enfrenta ao adotar o cross docking – e com isso, encontrar as melhores formas para enfrentar os gargalos. Confira:

Sincronia

Embora o cross docking pareça a solução ideal para otimizar os processos logísticos, qualquer falta de sincronia entre fornecedores, vendedores e centros de distribuição pode levar ao acúmulo de mercadorias e atrasos – e gerando insatisfação da clientela.

Tempo

Não é nenhum mistério que o tempo é um fator crítico quando se trata de entregas de pedidos para clientes. Então, se a implementação do cross docking não for cuidadosamente planejada, bem como programada e executada, atrasos significativos podem comprometer a entrega ao destino.

O objetivo, então, é garantir que as mercadorias não permaneçam estacionadas nos CDs por mais de 24 horas. Operações de cross docking bem-sucedidas, por sua vez, são aquelas com a capacidade de movimentar mercadorias de forma eficiente – isso, claro, permitindo que consigam entrar e sair do sistema em horas.

Fornecedores

O sistema de cross docking está intrinsecamente relacionado à filosofia “just in time” (no momento certo), que se aplica tanto à fabricação quanto ao envio das remessas. No entanto, se os fornecedores falharem em fornecer os produtos corretos ou as quantidades apropriadas, isso irá comprometer a capacidade de atender aos pedidos de forma eficaz.

Além disso, é importante destacar que atrasos nas entregas, além de representarem um desperdício de tempo e uma redução na produtividade, também podem prejudicar a imagem da empresa perante o cliente final. Portanto, antes de contemplar a migração para o sistema de cross docking, é imperativo que sua empresa estabeleça uma base sólida de fornecedores confiáveis.

Do contrário, essa alteração na estratégia logística pode se tornar prejudicial em vez de vantajosa, representando um risco real para o seu negócio.

Leia também: Elementos básicos da Cadeia de Suprimentos

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