Tendências que vão mudar a indústria de telecomunicações em 2023
Assim como aconteceu com outros setores, 2022 foi um ano difícil para a indústria de telecomunicações no mundo. Foram vários os desafios enfrentados: alta no preço de insumos e na inflação em países-chave para a cadeia produtiva são dois deles que podemos listar.
E 2023 chegou com um cenário não muito diferente no que diz respeito às adversidades. Por isso, é fundamental estar atento às tendências que devem mudar a indústria a nível mundial nesse período, como forma de se adaptar dentro do setor.
Então, para te deixar por dentro das principais dessas tendências, nós preparamos esse texto. Continue a leitura até o final e confira o que destacamos.
Decisões cada dia mais baseadas em dados.
O poder dos dados vai aumentar ainda mais dentro do setor de telecomunicações no mundo. Afinal, eles são capazes de revolucionar por completo as mais diferentes áreas de um negócio.
Os dados são fundamentais, por exemplo, na hora de reduzir custos operacionais. Porque eles permitem decisões mais seguras e assertivas. Ao mesmo tempo, os dados podem ser responsáveis também por transformar a experiência do cliente e direcionar o surgimento de inovações dentro do setor.
Em geral, as empresas de telecomunicações contam com uma grande quantidade e variedade de dados. No entanto, o desafio é fazer uma gestão adequada dessas informações, que permita que eles possam ser compartilhados e analisados por toda a empresa.
Em vista disso, uma solução é adotar uma arquitetura mesh, que ajuda as organizações a lidarem com uma grande quantidade de dados de maneira descentralizada, permitindo maior agilidade, domínio e rapidez na entrega dessas informações aos setores de uma empresa.
Portanto, quem tiver uma boa gestão de dados, terá acesso a resultados transformadores.
Ponto de virada no 5G
2023 deve marcar um ponto de virada no 5G. As redes e o hardware estarão em processo acelerado de amadurecimento e, com isso, surgirão mais parcerias intersetoriais e multifuncionais que permitirão a oferta de novos serviços envolvendo a tecnologia.
Essa transformação, entretanto, passa pela diminuição de barreiras entre redes públicas e privadas de 5G.
Enquanto o modelo privado fornece conectividade de banda larga pertencente e controlada pela organização que as construiu ou comprou, o modelo público oferece maior controle sobre a capacidade, uma maior confiabilidade e segurança da rede, além de velocidades mais rápidas que o wi-fi.
As previsões são de um crescimento mais lento para as redes privadas, muito por conta do alto custo e da complexidade de se planejar, construir, implantar e fazer o gerenciamento de uma rede. Por isso, as parcerias podem ser essenciais para facilitar esse processo, amortecendo as dificuldades.
Tecnologia sustentável
A indústria de telecomunicações no mundo foi a responsável por aproximadamente 2,6% das emissões gerais de dióxido de carbono em 2020, segundo dados da Associação Europeia de Operadores de Redes de Telecomunicações (ETNO, na sigla em inglês).
Ao mesmo tempo, segundo as Nações Unidas, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas todos os anos. 80% desse material, que envolve celulares, cartões SIM, cabos e baterias, acaba parando em aterros sanitários.
Nesse sentido, a indústria de telecomunicações tem como desafio, a nível global, apostar em alternativas que possam reduzir o desperdício de materiais, apostando no reuso, na reciclagem e na renovação natural de seus sistemas.
Consumo de energia
Além disso, o consumo de energia por parte dessas indústrias está em perspectiva de crescimento e já foi responsável por de 15 a 40% dos gastos operacionais dessas empresas em 2021. O uso de dados, pode auxiliar também a reduzir o footprint, especialmente se as operações forem levadas para a nuvem.
Estima-se, por exemplo, que a pegada de carbono pode ser reduzida em 80% com essa transferência. A Amazon, aliás, possui uma meta de fazer com que a totalidade de suas operações AWS ocorram com energia renovável até 2025. Essa transferência, vale lembrar, também terá impacto na redução de custos da indústria com energia.
Tech-cos
Outra tendência que deve mudar a indústria de telecomunicações em 2023 é a transformação das empresas em “tech-cos”. Nesse processo, elas passam a buscar de forma mais efetiva crescimento de receita, inovação mais rápida e recursos que possam desenvolver e ofertar novos serviços aos clientes.
É um desafio, visto que o setor trabalha com forças de trabalho tradicionais e processos de desenvolvimento a longo prazo.
Metaverso
Desenvolvido pela empresa Meta, responsável por plataformas como o Facebook e o Whatsapp, o metaverso é um ambiente virtual composto por representações digitais de pessoas, lugares e coisas. É uma forma de replicar ou potencializar experiências que as pessoas vivenciam no mundo físico.
Estima-se, por exemplo, que até 2027 40% das empresas estarão proporcionando experiências imersivas no metaverso, com diversos objetivos.
A expectativa, então, é que as empresas, sobretudo as de telecomunicações, utilizem progressivamente o potencial que esse espaço virtual oferece para seus negócios. Sairá na frente quem conseguir desenvolver estratégias que convidem seus clientes a se engajar no metaverso, criando novas oportunidades de negócios digitais por meio de produtos e serviços pensados para esse ambiente.
Há, ainda, a possibilidade de que os colaboradores da indústria de telecomunicações também mergulhem no metaverso por meio de espaços de trabalho virtuais presentes nessa dimensão, fazendo dela uma espécie de nova intranet.
Super apps
Os super apps são mais uma tendência para o setor já neste ano. São descritos assim os aplicativos que fornecem variadas funções dentro deles e que não estão restritos a um único serviço. Os super apps estão integrados integrados a outros apps menores, mais segmentados.
Um único aplicativo pode reunir, por exemplo, rede social, carteira de pagamentos, compra e venda de eletrodomésticos, eletrônicos, móveis, vestuário, chip e recarga de celular, entre outros serviços.
Já existem casos brasileiros de super apps, como o Magalu. Nele é possível comprar produtos de higiene, beleza, mercado, eletro, além de fazer transferências bancárias e ter acesso a um programa de fidelidade.
A nível mundial, tomamos conhecimento quando o empresário Elon Musk chegou a comprar o Twitter com o objetivo de criar um super app chamado “X”.
Calcula-se que até 2027 mais de 50% da população mundial será usuária dos super apps. Eles são bastante atrativos justamente por reunir uma gama de possibilidades dentro de uma única plataforma, sem a necessidade de que o usuário faça várias contas em apps diferentes ou precise fechar e abrir vários deles para realizar tarefas do dia a dia.
No chinês WeChat, por exemplo, é possível pedir comida, táxis, fazer compras, transferir dinheiro, acessar serviços públicos, agendar consultas médicas e mais.
Agora você já conhece as tendências que vão mudar a indústria de telecomunicações em 2023. E para mergulhar em cada uma delas, você precisa, em primeiro lugar, contar com uma boa gestão de materiais de telecomunicações.
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